sábado, 19 de setembro de 2009

Sociedade Iraquiana


Durante a ditadura de Saddam Hussein, - brutal, despótica e conduzida com mão de ferro - o país ainda gozava de relativa liberdade, desde que não interferisse na cobiça pelo poder, que sempre norteou a política do ex-ditador. Em 35 anos, foram cometidos muito menos assassinatos, prisões e seqüestros do que durante três anos de ocupação americana. Os recursos petrolíferos, no entanto, eram explorados até a exaustão dos poços, comprometendo a recuperação secundária e terciária, mesmo com o emprego de sofisticada tecnologia. O petróleo deveria gerar lucros mesmo que levasse à exaustão prematura das jazidas.A repressão instalada no Iraque, depois da ocupação norte-americana e levada a cabo pelos líderes alçados ao poder - xiitas radicais, clérigos ou seculares - instalou um regime de terror, principalmente contra os sunitas, que são assassinados, presos, seqüestrados, torturados e não têm poder de decisão. Líderes religiosos agem com a máxima crueldade, tentando eliminar qualquer oposição. Como definiu um muçulmano sunita secular - o país está além de qualquer recuperação, o modelo de democracia ocidental simplesmente não funciona no Oriente Médio. O que mais surpreende é o apoio irrestrito dado pelo governo norte-americano a estes mesmos governantes locais, com ligações profundas com o Irã, que é a peça chave para entender os desdobramentos da guerra.

3 comentários: